A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) passou mal durante a audiência de custódia realizada nesta quarta (13) em Roma, na Itália, que decidiria se ela continua presa ou terá a liberdade condicional enquanto aguarda o processo de extradição para o Brasil pedido pelo Ministério da Justiça.
Segundo disse o advogado Fábio Pagnozzi à Gazeta do Povo, a audiência no Tribunal de Apelação de Roma havia sido encerrada sem definição após ela ser hospitalizada. No entanto, posteriormente, ele informou que a parlamentar retornou e a sessão foi retomada.
Carla Zambelli está detida desde o final de julho no presídio feminino de Rebibbia, na capital italiana, onde aguarda julgamento do processo de extradição.
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Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) – da qual fazem parte Cristiano Zanin (presidente), Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino – a 10 anos de prisão por supostamente se associar ao hacker Walter Delgatti Neto para invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A defesa da parlamentar tenta evitar a extradição ao Brasil argumentando que há uma “grave anomalia” no processo contra ela.
“A vítima do suposto crime [Moraes] é a mesma pessoa que fez a sentença, que decidiu pela execução da sentença e que decidiu o apelo”, disse o advogado Pieremilio Sammarco, que a defende em Roma.
Os advogados da deputada devem solicitar asilo político ao governo da Itália. Esse pedido é analisado pelo Ministério da Justiça italiano e encaminhado a um tribunal competente. Contudo, a decisão final sobre extraditar ou não cabe ao governo italiano, chefiado pela primeira-ministra Georgia Meloni.
Caso a Itália conceda asilo político à deputada Carla Zambelli, ela poderá ser posta em liberdade, pois passará a ser reconhecida como vítima de perseguição política. Assim, já não mais poderá ser extraditada.
Fonte: Revista Oeste