PUBLICIDADE

Proteja seus filhos na internet! Confira dicas essenciais de segurança digital


O acesso à internet tornou-se uma extensão da infância e da adolescência nos tempos atuais. Seja em casa, na escola ou no transporte público, os dispositivos móveis ocupam o lugar de brinquedos tradicionais e transformam-se em plataformas de entretenimento, socialização e aprendizado para indivíduos mais jovens. No entanto, essa conexão quase permanente ao ambiente digital também expõe pessoas mais novas a perigos antes impensáveis, como aliciamento online, vazamento de dados, cyberbullying e exposição a conteúdos inadequados. Pensando nisso, o TechTudo reuniu dicas de como proteger os menores na Internet. Confira!

🔎 Como saber se um app é seguro? Lista ensina 6 jeitos
📲 Canal do TechTudo no WhatsApp: acompanhe as principais notícias, tutoriais e reviews

Diálogo aberto e educação digital são pilares fundamentais na construção de um ambiente online mais seguro para os menores — Foto: Reprodução/Unsplash

Panorama atual do uso da internet por crianças e adolescentes

Segundo dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mais de 93% dos adolescentes entre 9 e 17 anos acessam a internet, sendo o celular o principal dispositivo de conexão. O dado, por si só, evidencia o desafio crescente para famílias e escolas: como permitir o uso consciente das tecnologias sem comprometer a integridade emocional, física e psicológica dos menores? A resposta envolve uma combinação de informação, diálogo e ferramentas específicas que tornam a navegação mais segura.

Relatórios da TIC Kids Online Brasil mostram que, já aos nove anos, a maioria das crianças tem acesso ao ambiente online, seja por meio de celulares próprios, tablets ou computadores compartilhados. As redes sociais e os aplicativos de vídeos curtos, como TikTok e YouTube, são os locais mais frequentados, mesmo com restrições etárias mínimas estabelecidas pelas plataformas.

Essa presença intensa no meio digital não é necessariamente negativa. Plataformas educacionais, jogos colaborativos e canais de conteúdo infantil contribuem para o desenvolvimento cognitivo e social. Porém, na ausência de mediação adequada por um responsável, os riscos se amplificam. Muitos jovens não possuem o repertório necessário para lidar com golpes online, discursos de ódio, assédio ou desinformação.

Além disso, o contexto pandêmico acentuou a digitalização precoce. Crianças que antes tinham contato mais limitado com telas passaram a depender delas para estudar, brincar e se comunicar. Esse uso excessivo, ainda que muitas vezes inevitável, gerou uma nova demanda por equilíbrio e orientação digital, tanto em casa quanto em outros ambientes de socialização.

Como proteger crianças e adolescentes no ambiente digital: riscos, erros e soluções

Crianças cada vez mais conectadas: o desafio dos pais é equilibrar acesso à tecnologia com segurança e bem-estar digital — Foto: Reprodução/Ron Lach/Pexels
Crianças cada vez mais conectadas: o desafio dos pais é equilibrar acesso à tecnologia com segurança e bem-estar digital — Foto: Reprodução/Ron Lach/Pexels

O universo digital faz parte da rotina de milhões de crianças e adolescentes, mas a exposição constante à internet também amplia os riscos aos quais eles estão vulneráveis. De forma silenciosa, situações como cyberbullying, aliciamento online, vazamento de dados e acesso a conteúdos impróprios têm se tornado cada vez mais comuns, muitas vezes sem que os responsáveis percebam.

Embora as tecnologias avancem e ofereçam ferramentas de proteção, especialistas alertam que o principal ponto de atenção ainda é o acompanhamento humano. A ausência de diálogo, o desconhecimento sobre os hábitos digitais dos filhos e a negligência quanto ao uso seguro de plataformas criam um cenário de fragilidade, que pode ter consequências graves no desenvolvimento emocional dos jovens.

Diante desse cenário, cresce a necessidade de ações integradas entre família, escola, sociedade e poder público. A proteção digital não deve ser encarada apenas como uma responsabilidade individual, mas como um compromisso coletivo, que envolve educação, escuta ativa e políticas públicas mais eficazes.

Principais riscos enfrentados pelos jovens

A exposição a riscos digitais pode acontecer de maneira discreta, sem sinais visíveis, mas com impactos profundos. O cyberbullying, por exemplo, é uma das formas mais recorrentes de violência online. Comentários ofensivos, exclusão em grupos e o compartilhamento de imagens sem consentimento são práticas que afetam diretamente a autoestima e o bem-estar emocional de crianças e adolescentes.

Outro risco que vem crescendo é o aliciamento virtual. Em muitos casos, adultos se passam por jovens para conquistar a confiança das vítimas e manipulá-las. Esse tipo de abordagem costuma ocorrer em jogos online, redes sociais e aplicativos de mensagens, onde o contato é facilitado e o anonimato é comum. Paralelamente, há ainda o problema da exposição excessiva de dados pessoais nas redes. Muitos jovens não compreendem a importância da privacidade digital e acabam compartilhando informações como nome completo, endereço e fotos pessoais, o que pode ser explorado de forma criminosa.

Além desses perigos, o acesso a conteúdos inadequados, violentos ou com discurso de ódio também preocupa. Mesmo com a existência de filtros e classificações etárias, é frequente que crianças visualizem vídeos ou sites que contenham linguagem ofensiva, fake news ou estímulos à automutilação. O impacto cumulativo dessas experiências ainda está sendo estudado, mas já é reconhecido como um fator de risco para o desenvolvimento emocional.

A construção de uma cultura de segurança digital depende da colaboração entre famílias, escolas, especialistas e plataformas — Foto: Reprodução/Pexels
A construção de uma cultura de segurança digital depende da colaboração entre famílias, escolas, especialistas e plataformas — Foto: Reprodução/Pexels

Erros comuns cometidos por pais e responsáveis

No esforço de proteger os filhos, muitos pais adotam posturas extremas que acabam sendo contraproducentes. De um lado, há o controle excessivo, que pode gerar desconfiança e prejudicar a comunicação no ambiente familiar. De outro, a omissão completa, que deixa os jovens expostos a um ambiente sem orientação ou limites claros. Em ambos os casos, o risco aumenta.

Outro erro frequente é a ausência de regras estabelecidas sobre o uso de dispositivos. A definição de horários, limites de tempo e ambientes apropriados para o acesso à internet deve ser feita de forma conjunta e ajustada à idade da criança. Além disso, é fundamental que os adultos conheçam os aplicativos utilizados pelos filhos e compreendam quais são os recursos de segurança disponíveis em cada plataforma.

Muitas vezes, também observa-se uma certa subestimação do impacto emocional de situações em ambientes digitais. Brigas em grupos de mensagens ou exclusões em redes sociais, por exemplo, podem ser vistas como algo trivial por adultos, mas representam fontes reais de sofrimento para crianças e adolescentes. Por isso, a escuta ativa e o acolhimento são atitudes indispensáveis.

Soluções práticas para proteção digital

Aplicativos como Google Family Link, Qustodio e Bark oferecem ferramentas para monitorar e limitar o uso da internet por crianças — Foto: Reprodução/Marcos Vinícius Pereira / TechTudo
Aplicativos como Google Family Link, Qustodio e Bark oferecem ferramentas para monitorar e limitar o uso da internet por crianças — Foto: Reprodução/Marcos Vinícius Pereira / TechTudo

Proteger crianças no ambiente digital exige mais do que monitoramento. É necessário um envolvimento genuíno, baseado em diálogo, confiança e educação. Ferramentas como Google Family Link, Qustodio e Bark ajudam no controle do tempo de uso, na filtragem de conteúdos e na geolocalização dos dispositivos, contribuindo para um uso mais seguro.

Contudo, essas tecnologias só são eficazes quando acompanhadas de uma abordagem educativa. Dispositivos Android e iOS oferecem controles nativos, como limites por aplicativo e filtros automáticos, que precisam ser configurados conforme a faixa etária da criança. Navegadores também contam com modos restritos, úteis para evitar o acesso a conteúdos impróprios por parte de crianças e adolescentes.

Além disso, é muito importante que os pais estejam atentos às tendências digitais. Saber quais plataformas estão em alta, quais jogos estão sendo usados e como os jovens se comportam no ambiente virtual ajuda a construir pontes. Resumindo, a proposta não é apenas impor limites, mas formar um repertório crítico que permita escolhas mais seguras e conscientes.

O papel das escolas e da educação digital

As escolas desempenham um papel central na formação para o uso ético e responsável da tecnologia. No entanto, o tema ainda é tratado de maneira pontual em muitas instituições. A inclusão de disciplinas ou projetos sobre ética digital, segurança online e cidadania nas redes sociais deve fazer parte da proposta pedagógica desde os anos iniciais.

Programas de educação midiática, rodas de conversa e oficinas práticas com foco em cibersegurança são estratégias eficazes. A presença de psicólogos escolares e especialistas em tecnologia pode fortalecer ações pedagógicas e criar um ambiente mais seguro para os alunos. O engajamento das famílias nesse processo também é fundamental.

Outro ponto importante é o preparo dos professores. Educadores que compreendem o funcionamento das redes sociais e os desafios emocionais vivenciados por jovens hiperconectados estão mais aptos a identificar sinais de alerta e intervir de forma sensível. A formação contínua deve ser vista como parte da responsabilidade institucional.

A Agência Nacional de Telecomunicações atua na promoção da segurança digital infantil por meio de iniciativas regulatórias e educativas — Foto: Reprodução/Anatel
A Agência Nacional de Telecomunicações atua na promoção da segurança digital infantil por meio de iniciativas regulatórias e educativas — Foto: Reprodução/Anatel

O que dizem os especialistas?

Para o especialista em privacidade digital Paulo Roberto Bonucci Ribeiro, vice-presidente da Cipher para a América Latina, a proteção online de crianças e adolescentes deve ser construída com base em três pilares: educação, presença e tecnologia. Segundo ele, o uso de ferramentas de controle parental precisa estar alinhado ao diálogo e à orientação contínua.

Não se trata de vigiar, mas de acompanhar de perto.

— Afirma Paulo Roberto Bonucci sobre a proteção online de crianças de adolescentes.

Bonucci ressalta ainda a importância de ensinar noções básicas de segurança desde a infância. “As crianças devem entender que não é seguro compartilhar senhas, localização ou fotos pessoais, mesmo com pessoas conhecidas. Essa formação deve começar antes mesmo do primeiro celular”, alerta. Para ele, revisar os termos de uso dos aplicativos e conversar abertamente sobre o que acontece no ambiente digital são práticas fundamentais.

A legislação brasileira oferece diretrizes importantes para a proteção de dados de menores. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) determina que qualquer coleta de informações de crianças deve ser autorizada expressamente pelos responsáveis e utilizada apenas para finalidades legítimas, específicas e transparentes.

O Marco Civil da Internet, sancionado em 2014, também assegura princípios como a proteção da privacidade e da liberdade de expressão. Embora não seja direcionado exclusivamente ao público infantil, ele fornece base legal para responsabilizar plataformas digitais por eventuais violações de direitos de menores. Apesar desses avanços, Bonucci aponta que ainda há lacunas.

O fato de muitas redes sociais não realizarem auditorias eficazes para impedir o acesso de crianças, por exemplo, mostra que a legislação precisa ser aprimorada e melhor fiscalizada. É preciso fortalecer os mecanismos de responsabilização das plataformas, além de criar canais mais ágeis e efetivos para denúncia e combate a crimes digitais envolvendo menores.

— Afirma Bonucci.

A fiscalização é limitada e, muitas vezes, ineficiente diante da velocidade das transformações digitais. Entidades que atuam na defesa dos direitos da criança defendem a criação de uma autoridade específica para tratar da proteção online de menores, com poderes legais de regulação e punição.

Dicas para pais e filhos navegarem juntos

O exemplo é um dos recursos mais poderosos na construção de hábitos digitais saudáveis. Crianças tendem a repetir os comportamentos que observam em casa. Por isso, é importante que os adultos revejam seus próprios padrões de uso da tecnologia, estabelecendo momentos de desconexão e convivência offline.

Outro ponto essencial é participar ativamente da vida digital dos filhos. Perguntar o que estão assistindo, jogar juntos ou assistir a vídeos em família são formas de criar um ambiente de confiança e abrir espaço para conversas sobre segurança. A curiosidade genuína tende a gerar mais abertura e cooperação por parte das crianças.

Por fim, reforçar que a criança pode recorrer aos adultos sempre que se sentir desconfortável é uma forma de garantir proteção emocional. O acolhimento, o respeito às emoções e a escuta ativa continuam sendo as ferramentas mais eficazes em um mundo cada vez mais conectado.

Veja também: Esses 3 termos tech são famosos, mas muitos não sabem o significado; Veja!

Esses 3 termos tech são famosos, mas muitos não sabem o significado; Veja!

Esses 3 termos tech são famosos, mas muitos não sabem o significado; Veja!



Fonte: TecMundo

Leia mais

PUBLICIDADE