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Zambelli terá audiência na sexta; defesa quer prisão domiciliar


A audiência de custódia da deputada Carla Zambelli (PL-SP) está marcada para sexta-feira (1º). Nela será decidido se a deputada deverá permanecer no presídio feminino de Rebibbia, em Roma, ou se poderá aguardar o seu processo de extradição em prisão domiciliar ou mesmo em liberdade.

Sobre isso, o advogado da deputada na Itália, Pieremilio Sammarco, informou à Folha de São Paulo, em entrevista publicada nessa quarta-feira (30), que, ao invés da manutenção da prisão em penitenciária, ele “gostaria que fosse aplicada uma sanção menos aflitiva, mais leve, no mínimo a prisão domiciliar” até que o caso dela fosse julgado.

Sammarco também afirmou que parte da linha de defesa contra o pedido do Brasil pela extradição de Zambelli será mostrar que “a vítima do suposto crime é a mesma pessoa que fez a sentença, que decidiu pela execução da sentença e que decidiu o apelo”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o advogado, isso representa uma “grave anomalia”.

Ele informou ainda que, na ocasião de sua prisão, na terça-feira (29), não houve resistência por parte da deputada e que ela não precisou ser algemada pela polícia italiana.

O advogado também comentou sobre a intenção do vice-premiê Matteo Salvini, do partido italiano Liga, de visitar Zambelli na prisão. “É algo positivo e que aprecio porque esse caso é unicamente político”, afirmou o defensor da deputada.

Já sobre um eventual pedido de asilo político ou solicitação de cumprimento de prisão na Itália, Sammarco afirmou que ainda é cedo para falar desses aspectos.

Eduardo Bolsonaro parte em defesa de Zambelli

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou em nota publicada na sua conta na rede social X considerar “incrível que algum país democrático ainda siga as ordens de Alexandre de Moraes, juiz da suprema corte brasileira sancionado pelo EUA devido a violações de direitos humanos”. Ele lembrou também que os Estados Unidos, ainda durante a gestão Biden, recusaram os pedidos de extradição do jornalista Allan dos Santos feitos pelo ministro, e falou ainda da recusa da Espanha, já neste ano, em atender outro pedido de extradição feito por Moraes: o do também jornalista Oswaldo Eustáquio. E falou da recusa de mais um país ao pedido do ministro, a Argentina, em extraditar mais cinco brasileiros condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

Na sequência, ele disse apelas às autoridades italianas para que não mandassem Zambelli de volta ao Brasil, “cedendo ao pedido de um notório violador de direitos humanos”. E afirmou ainda que Moraes, quando era advogado, “defendeu a não extradição de Cesare Batisti para a Itália, condenado por quatro homicídios qualificados”.

Ao final, desejou que Deus iluminasse as autoridades italianas e marcou a primeira-ministra italiana, Giogia Meloni, bem como o vice-premiê Matteo Salvini e o deputado italiano Luis Roberto Lorenzato.



Fonte: Revista Oeste

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