O Paraná consolidou sua posição como um dos principais estados produtores de laranja do país, com reflexos positivos nas exportações do suco da fruta. De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o estado respondeu por 6,3% da produção nacional de laranjas na safra 2024/25. Foram colhidas 804,3 mil toneladas, em um total de 12,8 milhões de toneladas no país, segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de junho deste ano.
As frutas colhidas no estado são processadas em unidades industriais localizadas, principalmente, na região Noroeste do Paraná, onde se concentram as principais plantas extratoras. De lá, o suco produzido é exportado para mercados internacionais, conforme aponta o sistema ComexStat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No primeiro semestre de 2024, o Paraná exportou 29,2 mil toneladas de suco de laranja, gerando receitas de US$ 141 milhões.
A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) destacou que o Brasil responde por 79% de todo o suco de laranja comercializado no mercado internacional. A entidade também informou que os Estados Unidos ampliaram sua participação nas exportações brasileiras do produto. “Na safra 2024/25, encerrada em junho, os Estados Unidos foram responsáveis por 41,7% das exportações brasileiras de suco de laranja. No ciclo anterior, essa participação havia sido de 32,1%”, informou a associação.
Embora os Estados Unidos tenham adquirido 2,2 mil toneladas do suco produzido no Paraná, o valor das transações somou US$ 9,4 milhões, representando 6,6% da receita gerada pelas exportações paranaenses de suco industrializado de laranja. Segundo o Deral, os principais destinos do suco produzido no estado continuam sendo a Bélgica e os Países Baixos, que responderam por 74% dos embarques. No entanto, o órgão esclarece que o produto não é necessariamente consumido nesses países, já que essas nações funcionam como centros de redistribuição para o varejo europeu.
Ao comentar o cenário, o boletim do Deral avaliou que o momento atual requer equilíbrio nas relações internacionais para garantir estabilidade à cadeia produtiva. “Um vislumbre do reestabelecimento do princípio da razoabilidade nas relações internacionais urge necessária para a fruticultura brasileira, neste momento contraditório da humanidade em pleno 2025”, destacou o boletim.
Fonte: AGROLINK