A diretora administrativa de um dos bancos mais influentes dos Estados Unidos, o Wells Fargo, foi proibida de deixar a China após a abertura de uma investigação criminal, informou nesta segunda-feira (21) o Ministério das Relações Exteriores do gigante asiático.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun, disse que autoridades policiais impuseram restrições à saída de Chenyue Mao do país, pois ela precisaria “cooperar” em um investigação local, sem dar detalhes sobre o caso em questão.
“Todos na China, sejam chineses ou estrangeiros, devem obedecer às leis chinesas”, disse Guo. Não ficou claro até o momento se Mao abriu mão de sua cidadania chinesa ao se mudar para o Estados Unidos.
Com o ocorrido, o Wells Fargo informou ao The Wall Street Journal (WSJ) que suspendeu todas as viagens à China temporariamente e estava “trabalhando pelos canais apropriados” para ajudar Mao a retornar ao território americano.
O veto à viagem da executiva americana já dura semanas. Dias atrás, um porta-voz da embaixada dos EUA declarou que a China já vetou a saída de cidadãos americanos e de outras nacionalidades em outras ocasiões sem dar explicações ou um julgamento transparente. “Monitoramos os casos de proibição de saída que nos são trazidos à atenção e fornecemos assistência consular adequada”, disse o porta-voz.
A retenção da cidadão americana ocorre em um momento turbulento nas relações entre China e Estados Unidos, principalmente na área comercial.
De acordo com seu perfil no LinkedIn, Chenyue Mao atua no banco americano há 12 anos e foi eleita recentemente presidente da FCI, uma organização que facilita o comércio internacional por meio de um processo chamado factoring, no qual empresas vendem créditos a terceiros, como bancos, em troca de uma comissão.
Fonte: Revista Oeste