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Lucão, o gigante do vôlei que dormia ao som de heavy metal


Se você acompanha o mundo do vôlei, provavelmente já se deparou com Lucão: o central multicampeão, dono de saques potentes e bloqueios implacáveis. Mas por trás do uniforme da Seleção Brasileira e da imagem de atleta exemplar, existe um lado musical que muita gente talvez não conheça: o de um verdadeiro fã de heavy metal que, ainda criança, dormia embalado pelas batidas pesadas do gênero.

“É muito estranho, porque o som pesado me acalma”, conta ele com um sorriso no rosto. Enquanto muita gente associa bandas como System of a Down a momentos de adrenalina, Lucão revela que esse tipo de música o ajuda a entrar num estado de concentração profunda.

Eu escutava heavy metal pra dormir, cara. Minha mãe ficava indignada. Eu botava no último volume e apagava.

A influência musical vem de berço. O pai, que não tocava instrumentos, mas vivia com o som ligado, cultivava o gosto pela Jovem Guarda e clássicos do rock. “Ele saiu da barriga da minha avó assoviando”, brinca Lucão, que cresceu cercado por vinis e trilhas sonoras para toda hora.

O primeiro CD que comprou? Black Sabbath. “Fiquei fã absurdo. Eu lia a biografia do Ozzy [Osbourne] e ria do começo ao fim. Não sabia como ele tava vivo ainda” Para ele, Ozzy foi o cara que mais curtiu a vida no rock e ainda assim conseguiu manter uma família unida. “Comparar ele com algum ídolo do vôlei é difícil, né? Vão dizer que o cara é maluco”.

Mesmo assim, ao buscar paralelos entre o universo do metal e as quadras, Lucão cita nomes que marcaram sua trajetória. Giba, por exemplo, “foi um dos mais agitados e inspiradores com quem convivi”, diz. “Era líder, chamava a responsabilidade, e também sabia curtir o momento fora das quadras, algo que muita gente esquece que o atleta precisa”.

Apesar de se manter longe da ideia de “astro”, Lucão entende a importância do lugar que ocupa. “Se eu pudesse, só jogava vôlei e vivia no meio do mato”, confessa. Mas os pedidos de fotos nas escolas e os recados de crianças que começaram a jogar por sua causa mostram que a visibilidade também tem seu valor.

Esse é o principal legado: ser exemplo pra molecada tomar um rumo certo.

Entre a adrenalina das partidas e os momentos de silêncio no sítio, entre o som das quadras e o volume no talo do metal, Lucão vai encontrando o seu próprio ritmo: um rock pesado que, curiosamente, embala a serenidade de um dos maiores nomes do vôlei brasileiro.

Veja o papo completo:



Fonte: rollingstone.com.br

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