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Zambelli diz que vai se apresentar às autoridades italianas


A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta sexta-feira (6) que pretende se apresentar voluntariamente às autoridades italianas, na tentativa de demonstrar boa-fé e, segundo ela, escapar de uma “perseguição política” no Brasil.

“Vou declarar os meus dados para pegar os documentos. Estou aqui de boa-fé. Estou aqui por conta de uma perseguição política. Vou provar isso. Fui condenada sem provas. Na outra condenação, de cinco anos, foi ridícula, porque eu tinha porte legal. Eles me condenaram por porte ilegal. Eu quero provar isso aqui e buscar refúgio na Itália”, declarou à CNN Brasil.

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A parlamentar está na Europa e tenta evitar uma eventual ordem de prisão definitiva, que pode ser expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já na próxima segunda-feira (9). A expectativa é que, caso Zambelli seja presa em solo italiano e tenha a extradição autorizada, comece a cumprir a pena de dez anos de reclusão à qual foi condenada.

Além disso, a perda de seu mandato deverá ser formalizada assim que a decisão transitar em julgado — ou seja, quando não houver mais possibilidade de recursos.

Zambelli também declarou que respeita a Justiça italiana, mas voltou a atacar o ministro Alexandre de Moraes. “Quero demonstrar boa-fé para com a Justiça e o governo italiano. Fazer tudo certo. Respeito as leis brasileiras, mas não respeitarei mais a injustiça do Moraes.”

Questionada sobre a possibilidade de ser extraditada, a deputada admitiu preocupação.
“Temo, porque respeito a justiça italiana. Mas creio em Deus que não deixará isso acontecer”, afirmou.

Recurso negado

Nesta sexta-feira, a Primeira Turma do STF rejeitou o recurso apresentado por Carla Zambelli contra a condenação a dez anos de prisão por envolvimento na invasão de sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão abre caminho para o início da execução da pena.

No mesmo caso, o hacker Walter Delgatti foi condenado a oito anos de prisão pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. Além da prisão, o Supremo determinou que Zambelli e Delgatti paguem, de forma solidária, uma indenização de R$ 2 milhões.

A situação da deputada se agravou após declarações recentes em que afirmou ter saído dos Estados Unidos com destino à Itália. Na quarta-feira (4), Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decretou a prisão preventiva da parlamentar.



Fonte: Revista Oeste

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