Enquanto preparam o terreno para o lançamento de seu quarto disco, I Quit, que chega em 20 de junho, as irmãs do Haim soltaram o verbo sobre um incômodo antigo: o porquê de ainda não serem totalmente aceitas pela comunidade do rock. Em entrevista à GQ, Alana, Danielle e Este mostraram que não têm paciência com o conservadorismo sonoro (e visual) que cerca o gênero.
“É como se dançar no palco invalidasse a nossa credibilidade”, dispara Alana, citando performances animadas como a de “I Know Alone”. Danielle completa: “Mesmo sendo uma banda de rock, a gente ama se mexer”. E, em caso de dúvidas, Este solta um “Prince dançava!”. A referência à lenda funk-pop não é à toa: o trio quer provar que presença de palco não tem que significar pose séria e estática.
Segundo elas, há uma leitura enviesada sobre o fato de se divertirem no palco — e, muitas vezes, essa crítica vem com um quê de misoginia. “É sempre um cara”, diz Este, referindo-se aos comentários que duvidam da autenticidade das apresentações ao vivo, só porque os cabos dos instrumentos não aparecem. Danielle rebate com ironia afiada: “Meu chapa, a gente usa wireless. Você é burro?”.
No fim das contas, o trio reconhece que a resistência do “rock tradicional” tem mais a ver com mentalidade ultrapassada do que com música em si. “A gente gosta de dançar, fazer piada, entreter. Por algum motivo, isso ainda incomoda”, diz Alana. “É tudo muito antiquado”, arremata Este. “Já deixamos de nos importar com isso faz tempo”.
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Fonte: rollingstone.com.br