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Otan vai discutir elevação de gastos com defesa para 5% do PIB


A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) irá discutir, durante a cúpula de 24 e 25 de junho em Haia, na Holanda, uma nova meta de gastos militares sugerida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que quer que todos os países membros destinem 5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) para defesa. A confirmação foi feita pelo secretário-geral da aliança ocidental, Mark Rutte, em pronunciamento durante um evento da Assembleia Parlamentar da Otan realizado em Dayton, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (26).

O tema ganhou destaque após Trump condicionar o compromisso dos Estados Unidos com a segurança coletiva à elevação dos investimentos militares por parte dos aliados. Inicialmente considerada irrealista por governos europeus, a proposta de Trump passou a ser debatida como resposta ao cenário internacional de crescentes ameaças. Mark Rutte confirmou a discussão dizendo que “presumo que em Haia concordaremos com uma meta de gasto em defesa mais alta, de 5% no total”. O secretário-geral acrescentou que a decisão será fundamental para tornar a Otan “uma aliança mais forte, mais justa e mais letal”.

O secretário-geral explicou os motivos para a ampliação das metas, citando ameaças geopolíticas e conflitos que afetam diretamente a segurança dos países membros.

“Vivemos em um mundo mais perigoso e estamos em um momento crítico para nossa segurança, com diversas ameaças. Está a brutal guerra da Rússia contra a Ucrânia, a ameaça do terrorismo, a intensa competição global e conflitos por todo o mundo, desde o Oriente Médio até a Ásia. Rússia se aliou com China, Coreia do Norte e Irã e estão engordando seus exércitos. Estão se preparando para uma confrontação a longo prazo”, alertou Rutte.

A discussão sobre o aumento dos gastos ocorre em um momento em que apenas 23 dos 32 países membros cumprem o compromisso, firmado em 2014, de gastar ao menos 2% do PIB em defesa, segundo relatório anual da Otan publicado em abril. Contudo, a expectativa é que todos os integrantes atinjam essa meta até o verão europeu.

“A paz fracassa com a complacência, quando as ameaças não recebem resposta e quando se adiam os preparativos. Temos que agir agora e reforçar nossas defesas. Qualquer atraso é perigoso. Para fazer a Otan mais forte temos que incrementar o gasto em defesa (…). Para preservar a paz devemos nos preparar para a guerra”, afirmou o secretário-geral.



Fonte: Revista Oeste

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