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Moraes repreende advogado na oitiva


Nesta segunda-feira, 19, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repreendeu o advogado Eumar Novacki, que defende Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, na oitiva do general Freire Gomes, comandante do Exército durante o governo Bolsonaro. O STF ouve testemunhas no caso do que seria uma tentativa de golpe de Estado.

O juiz do STF subiu o tom, depois de a defesa interpelar Gomes, mais de uma vez, a respeito do que seria uma minuta golpista encontrada na residência de Torres, após uma operação da Polícia Federal. Novacki queria saber do general se o documento era o mesmo que havia sito discutido em uma reunião entre membros do governo Bolsonaro, em dezembro de 2022.

“Doutor, o senhor já perguntou quatro vezes a mesma coisa e a testemunha já disse que não pode afirmar, com certeza, se é o mesmo documento, mas que os pontos importantes eram semelhantes”, interveio Moraes. “Não vou permitir que Vossa Senhoria faça circo no meu tribunal. O senhor já foi desrespeitoso, quando disse que não haveria a necessidade de se falar na advertência do falso testemunho.”

Em determinado momento, o juiz do STF pediu ao advogado para não tentar “induzir a testemunha”.

Advertência a Freire Gomes

Pouco antes da bronca, Moraes deu uma advertência no general.

“Se mentiu na polícia, tem que dizer que mentiu na polícia”, avisou Moraes. “Não pode, perante o STF, dizer que não lembra. A testemunha é general do Exército e, consequentemente, está preparada para lidar sob pressão. Solicito que, antes de responder, pense bem. A testemunha não pode omitir o que sabe. Então, vou dar uma chance para a testemunha falar a verdade.”

Testemunhas ouvidas

Primeira Turma do STF julga denúncia sobre o núcleo 4 da PET 12.100, em Brasília, DF (6/5/2025) | Foto: Fellipe Sampaio /STF

Hoje, além do ex-comandante, o STF ouviu três testemunhas de acusação arroladas pela Procuradoria-Geral da República.

  • Éder Lindsay Magalhães Balbino, engenheiro que teria cooperado para elaborar um suposto dossiê falso para contestar as urnas;
  • Clebson Ferreira de Paula Vieira, teria sido responsável por um levantamento em municípios em que Lula e Bolsonaro concentraram votação superior a 75% no primeiro turno da eleição presidencial de 2022;
  • Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal que teria dificultado o deslocamento de eleitores no 2° turno.

Leia também: “O preso de estimação do STF”, reportagem publicada na Edição 269 da Revista Oeste

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Fonte: Agência Brasil

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