PUBLICIDADE

Por que tirar Paul Di’Anno foi essencial para o Iron Maiden, segundo Adrian Smith


A mudança de vocalista promovida pelo Iron Maiden no início da década de 1980 — sai Paul Di’Anno, entra Bruce Dickinson — já foi debatida inúmeras vezes por diversos personagens envolvidos. Todavia, poucos sintetizaram tão bem como Adrian Smith os motivos que levaram à troca.

Em entrevista ao site MusicRadar, o guitarrista refletiu sobre como o ofício de cantar se difere de outras atribuições em uma banda. Segundo ele, o vocalista não se pode dar ao luxo de cometer excessos, pois é o elo mais vulnerável da engrenagem.

Smith afirma:

“Se você é cantor, está em um terreno meio instável. Você depende totalmente do seu corpo. Não pode colocar um pouco mais de distorção no amplificador ou usar efeitos. Não pode compensar. É só você lá fora, então você fica muito exposto. Eu penso assim.”

Levando em consideração esse cenário, Adrian citou as diferenças comportamentais entre os dois vocalistas em questão para justificar a decisão tomada pelo baixista Steve Harris de demitir o primeiro (Di’Anno) e buscar um substituto (Dickinson) que pudesse levar o Maiden a um novo patamar. Ele comentou:

“Paul não era tão profissional quanto Bruce. E Bruce podia cantar tão alto, tão alto e por tanto tempo quanto você quisesse — como uma máquina.”

Iron Maiden em 1981 (E-D): Clive Burr, Dave Murray, Paul Di’Anno, Adrian Smith e Steve Harris – Foto: Paul Natkin / Getty Images

Steve Harris sobre demissão de Paul Di’Anno

O próprio Steve Harris já se debruçou sobre o assunto em algumas ocasiões. Numa das mais recentes, em entrevista de 2024 à Classic Rock (via site Igor Miranda), o baixista afirmou:

“A voz de Paul tinha uma certa qualidade. Havia um aspecto áspero. Mas ele não se cuidava. Ele tinha esse botão de autodestruição. E tive a impressão de que ele nunca acreditou de verdade que poderia chegar ao próximo nível. Acho que havia uma insegurança ali.”

Após integrar o Iron Maiden por três anos (1978-1981) e gravar os dois primeiros álbuns de estúdio, além de um EP ao vivo — Maiden Japan (1981) —, Paul Di’Anno foi dispensado e substituído por Bruce Dickinson, que vinha do Samson. Dickinson permanece no posto até hoje, com um breve hiato entre 1993 e 1999, quando deu lugar a Blaze Bayley. Di’Anno faleceu em outubro de 2024, aos 66 anos.

Rolling Stone Brasil especial: Iron Maiden

Iron Maiden na capa: a Rolling Stone Brasil lançou uma edição de colecionador inédita para os fãs da banda de heavy metal. Os maiores álbuns, a lista dos shows no Brasil, o poder do merchadising do grupo e até um tour pelo avião da banda você confere no especial impresso, à venda na Loja Perfil.

Rolling Stone Brasil especial: Iron Maiden

+++ LEIA MAIS: Os 5 melhores discos de rock na opinião de Adrian Smith (Iron Maiden)
+++ LEIA MAIS: A única coisa que Adrian Smith odeia fazer no Iron Maiden
+++ LEIA MAIS: Iron Maiden: Guitarrista Adrian Smith revela ‘coisa que a banda nunca fará’



Fonte: rollingstone.com.br

Leia mais

PUBLICIDADE