O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo corte de US$ 450 milhões em bolsas para a Universidade de Harvard, no mais recente capítulo da briga entre a gestão do mandatário republicano e a instituição.
Segundo informações da agência Associated Press, em uma carta enviada a Harvard nesta terça-feira (13), uma força-tarefa federal contra o antissemitismo afirmou que a instituição perderá bolsas de oito agências federais por ter se tornado um “terreno fértil para o politicamente correto e a discriminação”.
“Há um problema sinistro no campus de Harvard e, ao priorizar o apaziguamento em detrimento da responsabilização, os líderes da instituição perderam o direito da universidade de receber suporte [com dinheiro] dos contribuintes”, dizia a carta. A universidade ainda não se pronunciou sobre o novo corte.
No último dia 5, o Departamento de Educação da gestão Trump já havia informado à Universidade de Harvard que suspendeu recursos para futuras bolsas de pesquisa e outras verbas até que a instituição ceda a uma série de exigências para aprimorar ações contra o antissemitismo, abolir políticas que levam em conta o perfil racial dos alunos e tomar providências sobre a alegação do governo de que a instituição abandonou a meta de “excelência acadêmica” ao contratar poucos professores conservadores.
Em abril, a direção da Harvard disse numa carta que não cumpriria uma lista de exigências apresentadas pelo governo federal, como “amplas reformas da gestão e liderança”; implementação de políticas de admissão de alunos e contratação de funcionários “baseadas no mérito”; e uma auditoria dos corpos docente e discente e da administração da instituição a respeito das suas visões sobre diversidade.
Em resposta, o governo Trump anunciou a suspensão de US$ 2,2 bilhões em bolsas plurianuais e US$ 60 milhões em contratos plurianuais de Harvard. A universidade ingressou com uma ação para contestar o bloqueio.
Trump também ameaçou retirar a isenção fiscal de Harvard e a autorização da universidade para admitir estudantes estrangeiros.
No mês passado, depois que o presidente acusou a Harvard de ser antissemita, a universidade mudou o nome do seu departamento de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) para Comunidade e Vida no Campus e pediu desculpas pela “falha” da instituição em combater ações antissemitas e islamofóbicas no campus desde os ataques terroristas do Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023.
Fonte: Revista Oeste