O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tornou-se alvo de uma moção de repúdio do líder da oposição na Câmara, o deputado Luciano Zucco (PL-RS), depois de ter participado de um evento na Rússia com ditadores.
Lula participou das celebrações do Dia da Vitória em Moscou. O evento contou com a presença de pelo menos 19 autocratas e ditadores, incluindo Nicolás Maduro (Venezuela), Miguel Díaz-Canel (Cuba) e Xi Jinping (China).
Lula esteve na cerimônia a convite do presidente russo Vladimir Putin, classificado no documento como um dos principais símbolos do autoritarismo global.
Na campanha de 2022, era proibido dizer que Lula andava com ditadores. Hoje ele desfila com eles. Mas calma… deve ser só coincidência, né? 🤷♀️
1. Luiz Inácio Lula da Silva – Presidente do Brasil.
2. Ibrahim Traoré – Presidente de Burkina Faso, um militar que assumiu o poder… pic.twitter.com/FqAOi3nCnN
— Rose 🇧🇷🇮🇱🇺🇲🇮🇹🫡 (@RoseBacellar) May 12, 2025
Zucco repudia presença de Lula em evento com ditadores
A moção foi protocolada pelo deputado federal Zucco (PL-RS), líder da oposição na Casa, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Credn). O parlamentar condenou a presença do chefe do Executivo brasileiro no desfile militar, descrevendo a atitude como uma “afronta direta à ordem internacional e aos valores democráticos consagrados na Constituição brasileira”.
“Ao se colocar ao lado de ditadores como Nicolás Maduro, Díaz-Canel e Xi Jinping, em um desfile militar carregado de simbologia soviética e propaganda de guerra, Lula não apenas envergonha o Brasil: ele agride frontalmente os princípios da política externa brasileira, como a prevalência dos direitos humanos e a defesa da paz”, afirmou Zucco.

+ Leia mais notícias de Política em Oeste
O texto também denuncia o uso político da cerimônia por parte do regime de Putin, em meio à guerra contra a Ucrânia, e acusa o governo brasileiro de contradição ao tentar manter um discurso de neutralidade.
“Não é possível sustentar um discurso de neutralidade enquanto se desfila ao lado de um agressor internacional”, declarou. “O Brasil, ao fazer isso, perde qualquer condição moral de atuar como mediador em conflitos internacionais.
Fonte: Agência Brasil