O Kremlin rechaçou nesta terça-feira a decisão da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) que responsabiliza a Rússia pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines sobre o leste da Ucrânia em 2014, que matou 298 pessoas.
“Nossa posição é bem conhecida. A Rússia não participou da investigação deste incidente, então não aceitamos conclusões tendenciosas”, disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, em sua entrevista coletiva diária por telefone.
A OACI determinou ontem que a Rússia é responsável pela queda do voo MH17 em 2014 e, portanto, violou a Convenção sobre Aviação Civil Internacional, ou Convenção de Chicago, que proíbe os Estados de usar armas contra aeronaves civis em voo.
Nesse contexto, a Holanda e a Austrália, cujos passageiros estavam a bordo do avião acidentado, planejam solicitar que a Rússia receba ordens para “iniciar negociações com ambos os países” que levem a resultados concretos.
Em 2022, um tribunal holandês já condenou à revelia os russos Igor Girkin e Sergei Dubinski, e o ucraniano Leonid Kharchenko, à prisão perpétua pelo “assassinato” das 298 pessoas a bordo, incluindo 196 cidadãos holandeses.
O avião havia decolado de Amsterdã e seguia em direção a Kuala Lumpur quando foi atingido por um míssil terra-ar russo sobre território controlado por separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.
Moscou sempre negou envolvimento no acidente e seus diplomatas indicaram que, desde o início do litígio, ofereceram à OACI “amplas e convincentes provas materiais e legais demonstrando o não envolvimento de nosso país na catástrofe”, o que teria sido ignorado.
Fonte: Revista Oeste