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Santos divulga pontos de rede de apoio para mulheres vítimas de violência


Rede de apoio da cidade oferece acolhimento, orientação jurídica, proteção e serviços especializados para vítimas em diferentes situações de vulnerabilidade

Santos dispõe de uma rede de amparo para acolher de forma especializada vítimas de violência, desde a denúncia até o suporte para a recuperação da autoestima e da vida com autonomia.

Atos de violência contra a mulher ocorrem independentemente da idade da vítima ou classe social. Muitas vezes são antecedidos por sinais silenciosos que vão comprometendo a saúde física e emocional e a autonomia das mulheres.

Violência em sistema de círculos

Muitas mulheres permanecem em relações abusivas por medo, vergonha, dependência financeira e falta de apoio. Fatores como a pressão social, a desigualdade de gênero e o trauma emocional também dificultam a quebra desses relacionamentos. Este cenário está conectado ao ‘ciclo da violência’.

Na primeira fase, a tensão cresce com xingamentos, ameaças e destruição de objetos; na segunda, ocorrem agressões físicas e verbais mais intensas; e na terceira, o agressor demonstra arrependimento, adota um comportamento carinhoso e promete mudar — dando início a um novo ciclo.

É possível identificar sinais de abuso em atitudes que vão além das agressões físicas visíveis.

Violência física – empurrão, tapa, chute, estrangulamento

Violência sexual– relação forçada, inclusive pelo parceiro

Violência psicológica–  humilhação, ameaça, xingamento, isolamento

Violência patrimonial– quebra de objetos, controle ou retenção de dinheiro

Violência moral- calúnia, difamação, injúrias

Violência institucional– negligência ou omissão de atendimento por órgãos públicos e por discriminação, como no caso de preconceito por orientação sexual.

Deixar uma relação abusiva é um processo difícil, mas possível — e há canais de denúncia e iniciativas em Santos para auxiliar neste processo e proteger as vítimas. Confira abaixo:

  • As vítimas de violência devem procurar a Delegacia de Defesa da Mulher, que fica na Rua Assis Corrêa, 50, Gonzaga. O telefone é (13) 3223-9670. Também é possível ir à delegacia de polícia mais próxima e registrar o boletim de ocorrência. Denúncias de casos de violência também podem ser feitas pela Central de Atendimento à Mulher 180 (ligação gratuita).
  • Também é recomendado acionar a Coordenadoria de Assistência Judiciária Gratuita e Orientação Jurídica ao Cidadão (Cadoj), que atende na Rua General Câmara, 5, 14° andar, Centro Histórico. Contato (13) 3201-5632. Ou a Defensoria Pública do Estado, na Rua João Pessoa, 241, Centro Histórico. Telefone (13) 2102-2450.
  • As denúncias também podem ser encaminhadas ao portal da Polícia Civil www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br e ao WhatsApp (61) 9610-0180.

Vítimas de abuso sexual devem procurar atendimento médico nas primeiras 72 horas em uma das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade. As opções são: UPA Central, na Rua Joaquim Távora, 260 – Vila Belmiro; UPA Zona Noroeste, na Avenida Jovino de Melo, 919 – Areia Branca; ou UPA Zona Leste, na Praça Visconde de Ouro Preto s/nº, Estuário.

Caso ultrapasse esse período, vítimas residentes em Santos serão atendidas no PAIVAS (Programa de Atenção Integral às Vítimas de Violência Sexual), localizado na Avenida Conselheiro Nébias, 267, 1º andar. O atendimento é realizado por equipe formada por médicos, psicólogos e assistentes sociais. O contato pode ser feito pelos telefones (13) 99743-7928 ou (13) 3235-6466, ou ainda pelo e-mail [email protected]. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Serviços e Acessos

Creas e Cras

São serviços fundamentais de assistência social que oferecem atendimento, acolhimento e orientação para mulheres em situação de violência ou vulnerabilidade. Consulte aqui os endereços das unidades.

Casa das Anas

O equipamento funciona como um lar para uma fase de transição na vida de mulheres em situação de risco social. Ali, elas – e seus filhos – têm abrigo garantido, suporte psicológico e social e encaminhamento para cursos de capacitação com objetivo de ingresso no mundo do trabalho. As Equipes de Abordagem (Secretaria de Desenvolvimento Social), Centro Pop, Abrigos e o Creas são portas de entrada para esse serviço.

Abrigos sigilo e casa de passagem

Santos segue as diretrizes da política nacional de enfrentamento à violência doméstica e conta com duas estruturas fundamentais: a Casa Abrigo Sigiloso e a Casa de Passagem, que garantem acolhimento, proteção e apoio integral às mulheres que precisam sair do ambiente agressivo e que já passaram pelos serviços de assistência social.

Vara Especializada

No ano passado, Santos passou a ser a primeira cidade da Baixada Santista com uma Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O objetivo deste avanço é realizar um atendimento especializado às mulheres, como, por exemplo, na abordagem à vítima durante a audiência, dando maior atenção à Lei Maria da Penha.

Guardiã Maria da Penha

O programa faz o acompanhamento com visitas periódicas à casa das vítimas e mantém contato via telefone para qualquer problema que elas venham a enfrentar. Além de os agentes conferirem se a ordem judicial está sendo cumprida, ainda orientam a vítima sobre os serviços municipais que ela pode utilizar.

Casa da Mulher

Novo equipamento que oferece capacitação, acolhimento e escuta à mulher, a Casa da Mulher (Avenida Rangel Pestana, 150) inaugurou, este ano, uma sala totalmente dedicada aos atendimentos do Programa Guardiã Maria da Penha. No local, que funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, há integrantes da Guarda Civil Municipal para acompanhar medidas protetivas e reforçar a ação, que busca garantir a integridade física e moral das vítimas

O local também oferece atendimento jurídico gratuito, realizado pela Coordenadoria de Assistência Judiciária Gratuita e Orientação do Cidadão (Cadoj) às segundas, das 9h às 13h, ou quartas-feiras, das 13h às 17h. Durante o atendimento, a vítima, ao levar RG, CPF, comprovante de residência, de renda do grupo familiar e outros documentos relativos à ocorrência, pode receber orientação ou assistência jurídica gratuita (esta última destinada para qualquer mulher cuja renda familiar seja igual ou inferior a três salários mínimos).

Não culpe a vítima

Independentemente do tempo de relacionamento, das vezes em que a relação foi retomada ou dos sentimentos que a mulher ainda possa nutrir, a culpa nunca deve recair sobre a vítima. Também é fundamental compreender que estar em situação de risco e buscar ajuda não é motivo de vergonha. Há pessoas e serviços disponíveis para oferecer apoio, romper esse ciclo de sofrimento e proporcionar um recomeço mais leve, saudável e repleto de novas descobertas.

 



Fonte: Jornal Da Orla

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