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Motta diz que ação contra Ramagem foi suspensa por “ampla vontade”


O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a suspensão da ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), no inquérito do suposto golpe de Estado, foi por “ampla vontade” dos parlamentares.

A decisão da Câmara, baseada em uma emenda constitucional, foi parcialmente derrubada por unanimidade pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) no último final de semana, o que levou a protestos da oposição.

“Nós estamos com a assessoria jurídica da Casa estudando o assunto para ver como a Câmara irá se posicionar. É importante dizer que essa foi uma decisão respaldada por mais de 300 deputados, ou seja, a ampla vontade da Casa foi ali expressa pelo trancamento da ação penal”, disse Motta à CNN Brasil nesta segunda (12) em Nova York, nos Estados Unidos, onde participa de um evento empresarial.

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Ramagem é réu no STF por participação na suposta tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e outros crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele é um dos alvos da mesma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A resolução em favor de Ramagem foi votada na quarta-feira (7) e teve 315 votos a favor, 143 contra e quatro abstenções. O recurso baseou-se no artigo 53 da Constituição Federal, que autoriza o Congresso a suspender ações penais contra seus membros quando os supostos delitos tenham sido cometidos durante o exercício do mandato parlamentar.

Entretanto, no sábado (10), os ministros da Primeira Turma do STF decidiram por unanimidade manter o andamento da ação penal. A Corte decidiu que a suspensão determinada pela Câmara só teria efeito sobre delitos cometidos após a posse de Ramagem como deputado federal.

Com isso, foram retiradas da denúncia apenas as acusações relacionadas à deterioração de patrimônio tombado e ao dano qualificado por violência e grave ameaça, que teriam ocorrido durante os atos de 8 de janeiro de 2023.

Ramagem, que foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro, continua a responder no STF por crimes graves, como organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

A decisão também confirmou que os demais acusados no mesmo processo não serão beneficiados pela suspensão parcial concedida ao parlamentar.



Fonte: Revista Oeste

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