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Natasha Lyonne estreia como diretora com filme distópico sobre videogames


Conhecida por seu trabalho em Russian Doll e Poker Face, Natasha Lyonne vai estrear como diretora de cinema com Uncanny Valley, um filme distópico sobre videogames que aposta no uso de inteligência artificial desenvolvida de forma ética.

De acordo com o The Hollywood Reporter, o projeto será feito em parceria com o pioneiro de tecnologia Jaron Lanier e produzido pelo estúdio Asteria — fundado por Lyonne ao lado do cineasta Bryn Mooser — com foco em soluções criativas usando IA.

O roteiro, assinado por Lyonne em colaboração com a atriz e roteirista Brit Marling, acompanha uma adolescente que perde o senso de realidade ao mergulhar em um videogame de realidade aumentada extremamente popular, em um presente alternativo. A proposta é misturar cenas em live-action com elementos do próprio jogo.

Esses elementos interativos serão criados pela Marey, um modelo de IA desenvolvido pela Moonvalley, parceira da Asteria. Diferente de muitas inteligências artificiais polêmicas, a Marey foi treinada apenas com dados e conteúdos autorizados, com o objetivo de estabelecer um uso mais ético da tecnologia.

Segundo representantes da Asteria, o filme será “uma experiência cinematográfica radical e inovadora”. Ainda não há data de lançamento definida nem confirmação se a estreia será nos cinemas ou em plataformas de streaming.

A presença da IA na indústria do entretenimento tem gerado controvérsia, especialmente após o uso da tecnologia em filmes como The Brutalist e Emilia Perez, indicados ao Oscar, que foram criticados por alterar performances com auxílio de IA. No entanto, os criadores de Uncanny Valley defendem um caminho mais colaborativo entre artistas e tecnologia.

“Quando os artistas lideram o uso da tecnologia, e não o contrário, é aí que surgem avanços realmente inovadores e inesperados”, afirmou Bryn Mooser, cofundadora da Asteria.

Natasha Lyonne não é a única a explorar esse território: em abril, o diretor James Cameron revelou que estuda formas de usar IA para reduzir custos de produção — sem precisar cortar metade da equipe.

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Fonte: rollingstone.com.br

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