Airyn De Niro, filha do ator Robert De Niro, se assumiu como uma mulher trans em uma nova entrevista e também rebateu críticas por ser chamada de “nepo baby” — termo usado de forma pejorativa para filhos de celebridades que supostamente se beneficiam da fama dos pais.
Filha do ator com a modelo Toukie Smith, com quem ele se relacionou entre 1988 e 1996, Airyn nasceu em 1995 e sempre teve uma vida longe dos holofotes. Recentemente, foi alvo de matérias sensacionalistas que usaram pronomes incorretos ao se referirem a ela e a chamaram de “nepo baby”, ao publicarem fotos suas com roupas e cabelo femininos.
Em entrevista ao site Them, Airyn comentou as matérias:
Além de divulgarem informações erradas sobre mim, elas só reforçaram algo que já sei: as pessoas não sabem absolutamente nada sobre quem eu sou”.
Discreta desde a infância, Airyn afirmou que nunca usou a fama do pai para se promover:
Eu não cresci fazendo ponta nos filmes do meu pai, nem fui a reuniões de negócios ou estreias. Ele sempre fez questão que a gente traçasse nosso próprio caminho. Se for pra dar certo, quero que seja por mérito meu”.
Hoje, além de trabalhar com atuação e modelagem, Airyn também estuda para se tornar terapeuta especializada em saúde mental. “Nenhum pai é perfeito, mas sou grata porque os meus sempre quiseram que eu tivesse uma infância o mais normal possível, longe da exposição pública” contou.
O anúncio de Airyn vem num momento delicado para a comunidade trans, que tem enfrentado ataques e retrocessos nos EUA e no Reino Unido. Em 2025, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que define gênero exclusivamente como aquele atribuído no nascimento — medida que resultou em perdas de direitos civis, como a alteração de marcadores de gênero em documentos oficiais. Já no Reino Unido, uma decisão da Suprema Corte excluiu mulheres trans da definição legal de “mulher” em espaços de acesso exclusivo, gerando reações indignadas da indústria cultural.
Apesar do cenário, Airyn afirma ter se sentido inspirada por outras mulheres trans visíveis nas redes e na mídia: “Ver essas mulheres sendo abertas e autênticas, conquistando seus espaços… Eu pensei: talvez não seja tarde pra mim. Talvez eu também possa começar”.
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Fonte: rollingstone.com.br
