A nova fase da carreira de Kerry King será apresentada em breve ao público brasileiro. A banda solo do guitarrista, famoso por suas décadas como integrante do grupo americano de thrash metal Slayer, realizará sua primeira apresentação em território nacional como atração do festival Bangers Open Air.
Marcado para acontecer nos dias 2, 3 e 4 de maio, no Memorial da América Latina, em São Paulo, o evento de música pesada também reúne nomes como Avantasia, W.A.S.P., Glenn Hughes, Blind Guardian, Saxon, Powerwolf, Sabaton, entre vários outros. King e seu grupo — completo por Mark Osegueda (Death Angel) no vocal, Paul Bostaph (Slayer, Exodus) na bateria, Phil Demmel (ex-Machine Head) na outra guitarra e Kyle Sanders (Hellyeah) no baixo — toca no terceiro e último dia, um domingo. Ingressos estão à venda no site Clube do Ingresso.
Antes da visita para o show, o guitarrista americano esteve no Brasil para cumprir agenda de imprensa e concedeu uma entrevista exclusiva para a Rolling Stone Brasil. A conversa está disponível em vídeo no YouTube (abaixo) e na edição especial impressa Seu Jorge + Futuro da Música (compre no site Loja Perfil). Abaixo, também publicamos alguns trechos do bate-papo. Veja!
Trechos da entrevista de Kerry King à Rolling Stone Brasil
O que esperar do show de Kerry King no Bangers Open Air:
Kerry King:“Nos shows completos, estávamos tocando na íntegra meu primeiro álbum solo, From Hell I Rise, além de cinco músicas do Slayer e duas versões do Iron Maiden [‘Purgatory’ e ‘Killers’]. Como é festival, teremos uma hora e precisaremos cortar um pouco disso. Cortaremos uma ou duas músicas do Slayer, uma ou duas da minha carreira solo e talvez uma do Iron Maiden. Mas tocaremos o máximo de músicas que pudermos encaixar.”
Como a banda solo foi forjada na estrada:
KK:“Provavelmente algo que você não sabe é que nunca havíamos tocado juntos até fazermos um videoclipe. Todos tocamos no estúdio, mas junto, mesmo, só Paul e eu. Gravei todas as bases de Phil, enquanto Kyle gravou o baixo e Mark os vocais, mas separado. A primeira vez que realmente tocamos juntos, não estávamos nem com os amplificadores ligados, era no clipe. Foi meio estranho. Depois nos reunimos para ensaiar para o primeiro show. Mesmo quando não estávamos perfeitos, era incrível. Agora que temos tantos shows em nosso currículo, é natural. Estou no palco há 40 anos, mas nunca havia tocado com três dos caras da minha banda. Só que agora é uma banda e está solidificada.”
O pensamento principal ao escolher músicas para o show:
KK:“Até lá, o álbum já terá quase um ano de lançamento. Sempre que tocamos, as pessoas o conhecem mais e cantam mais as letras junto. Mas eu provavelmente deixaria de fora as músicas mais rápidas. Amo música rápida, mas se você ainda não conhece, essas músicas se perdem. Todos conhecem as músicas do Slayer, estão começando a conhecer o meu material. E provavelmente tocaremos Iron Maiden porque nos divertimos. Meu pré-requisito ao fazer covers — e só fizemos dois até agora — é fazer de bandas que não existem mais, como Motörhead, ou músicas cujas bandas não tocam mais. Iron Maiden não toca ‘Purgatory’ desde o fim dos anos 1980. ‘Killers’ é mais recente, mas ‘Purgatory’ não é ouvida ao vivo há mais de 30 anos.”
O tributo ao Iron Maiden nos shows, feito após a morte de Paul Di’Anno, vocalista dos primeiros álbuns da banda inglesa:
KK:“Jeff Hanneman [falecido guitarrista do Slayer] e eu conversamos sobre tocar ‘Purgatory’ há muito tempo, mas nunca aprendemos a tocá-la e ficamos com preguiça. Provavelmente foi nos anos 1990, quando todos tinham preguiça e nenhum tipo de boa ética de trabalho. Com esta banda, Phil Demmel falava sobre fazermos algo e eu posso ter começado a tocar o riff de ‘Purgatory’. Demmel é totalmente a favor de fazer qualquer coisa, ele só quer tocar. Assim surgiu a ideia de tocar ‘Purgatory’. Estávamos em turnê e eu falei que havia tocado ‘Killers’ no passado, então dei a ideia de tocarmos na Austrália. Quando voltamos para os EUA, aprendi ‘Purgatory’ e seguimos tocando ‘Killers’ — todos conhecem aquela introdução de baixo e os garotos adoram.”
Por que Mark Osegueda se tornou o vocalista da banda, apesar de empresários desejarem Phil Anselmo (Pantera):
KK:“Meu pré-requisito para qualque
Fonte: rollingstone.com.br