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‘Concordamos em todas as questões’


Nesta terça-feira, 22, primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teve uma conversa telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em sua rede social, Truth Social, Trump afirmou que ambos “estão do mesmo lado em todas as questões”.

A discussão abordou temas como comércio e o programa nuclear do Irã, sendo descrita por Trump como “muito boa”. A conversa não incluiu Gaza ou os 59 reféns na lista de tópicos discutidos, uma questão crítica nas negociações de cessar-fogo entre Israel e Hamas.

Netanyahu repostou a publicação de Trump, agradecendo-o publicamente com a mensagem: “Obrigado, Presidente Trump!”. Segundo a imprensa, um dos temas discutidos foi a liberação de reféns, com a administração Trump pressionando por um avanço, enquanto Israel adota uma postura cautelosa para evitar acordos que possam encerrar a guerra sem garantias sólidas.

Essa ligação foi a primeira comunicação pública entre os dois líderes desde que Netanyahu foi convocado às pressas a Washington para uma reunião na Casa Branca duas semanas atrás.

Com Trump, Netanyahu pretendia falar sobre tarifas

Netanyahu conversa Trump Israel Hamas
A ligação com Trump ocorreu durante uma reunião do gabinete de segurança israelense, convocada por Netanyahu | Foto: Reprodução/site primeiro-ministro Israel

Inicialmente, Netanyahu pretendia discutir tarifas, mas ao chegar, foi informado sobre a decisão dos Estados Unidos de retomar negociações nucleares com o Irã. Netanyahu afirmou que Israel não se opõe a conversas visando ao desmantelamento completo do programa nuclear iraniano.

No entanto, a administração Trump mostrou disposição em aceitar que o Irã mantenha suas instalações nucleares, desde que respeite limites rigorosos de enriquecimento de urânio, em linha com o acordo de 2015 durante o governo Obama.

Na semana passada, o New York Times relatou que Trump bloqueou um plano israelense para realizar ataques conjuntos a instalações nucleares iranianas, optando por buscar soluções diplomáticas.

A ligação ocorreu durante uma reunião do gabinete de segurança israelense, convocada por Netanyahu. Apenas metade dos ministros convidados compareceu, e Netanyahu precisou se ausentar por um período significativo para atender à ligação com Trump.

Pressão por avanços nas negociações de reféns

Parentes e apoiadores dos reféns sequestrados no ataque mortal de 7 de outubro de 2023 contra Israel pelo Hamas, vindo de Gaza, participam de um jantar simbólico de Seder no início do feriado judaico da Páscoa, em Tel Aviv, Israel (12/4/2025) | Foto: Reuters/Joyce Zhou

Antes desse evento, familiares de reféns mantidos em Gaza realizaram uma coletiva de imprensa em Tel Aviv, pedindo ao governo que avance nas negociações e lembrando ao público a importância de não esquecer seus entes queridos durante as celebrações do Dia da Independência de Israel.

Lishay Miran Lavi, mulher do refém Omri Miran, expressou desconforto com a ideia de celebrar a independência em meio à situação atual. Já Yotam Cohen, irmão do soldado capturado Nimrod Cohen, afirmou que celebrar o Dia da Memória e o Dia da Independência sem o retorno dos capturados é “um pecado contra os valores do estado e a herança de Israel”.

Depois da ligação, a Casa Branca informou que Trump visitará a Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos de 13 a 16 de maio. O itinerário não inclui uma parada em Israel, mas Trump mencionou que outras paradas podem ser adicionadas. Esta será sua primeira viagem à região durante seu segundo mandato.

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Fonte: Revista Oeste

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