A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou, nesta terça-feira, 22, um pedido de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar o uso de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) no transporte de Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru condenada a 15 anos de prisão em seu país natal, ao Brasil. O autor do requerimento é o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que acusou o governo Lula de proteger condenados por corrupção com dinheiro do contribuinte.
O governo Lula usou avião da FAB para trazer ao Brasil uma condenada por corrupção no Peru, uma condenada na Operação Lava Jato e com fortes ligações com Lula.
Nadine Heredia foi recebida com tapete vermelho, custeada pelo contribuinte. Requeri auditoria do TCU e o pedido foi… pic.twitter.com/jGzQnUz0CQ
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) April 22, 2025
“O governo Lula usou avião da FAB para trazer ao Brasil uma condenada por corrupção no Peru, uma condenada na Operação Lava Jato e com fortes ligações com Lula”, escreveu o senador no seu perfil no X. “Nadine Heredia foi recebida com tapete vermelho, custeada pelo contribuinte.”
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“O governo precisa explicar mais esse absurdo”, reclamou o parlamentar, que é o filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Queremos saber quem autorizou e por quê. Proteção a corrupto agora é política de Estado?”
Asilo político a ex-primeira-dama do Peru é alvo de requerimentos
Além da auditoria aprovada na Comissão de Segurança Pública, os senadores aprovaram um pedido de informações ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

Já a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou um convite ao chanceler Mauro Vieira para prestar esclarecimentos sobre o episódio. A audiência deve ocorrer em maio, segundo o presidente do colegiado, senador Nelsinho Trad (PSD-MS).
Nadine chegou ao Brasil na quarta-feira 16, acompanhada do filho menor de idade, em um avião da FAB. A ex-primeira-dama e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, receberam condenação de 15 anos de prisão pela Justiça do Peru por receberem propina da empreiteira brasileira Odebrecht (atualmente em operação com o nome Novonor) para campanhas eleitorais.
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Nadine apresentou um pedido de refúgio ao governo brasileiro. O Comitê Nacional para os Refugiados, vinculado ao Ministério da Justiça, é quem analisará o pedido.
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Fonte: Agência Brasil