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Francisco era ‘peronista’, mas ‘combatente da ideologia de gênero’


A liderança do papa Francisco durante os 12 anos que esteve à frente da Igreja Católica foi marcada por alguns discursos políticos. Embora nunca declarou ser de esquerda ou de direita, algumas de suas mensagens eram voltadas a questões sobre justiça social.

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Na Argentina, o religioso sempre se envolveu em debates políticos. De acordo com o jornal espanhol El País, a maioria dos argentinos sabe que o papa foi um “peronista puro”.

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Peronismo é a denominação dada ao Movimento Nacional Justicialista, criado pelo militar e ex-presidente de esquerda Juan Domingo Perón.

Bernardo Küster é jornalista e professor | Foto: Revista <b>Oeste</b>
Bernardo Küster é jornalista e professor | Foto: Revista Oeste

Apesar de sua inclinação a uma política mais voltada à esquerda, o papa se manteve firme em relação às leis da Igreja Católica. Em entrevista à edição desta segunda-feira, 21, do programa Oeste Sem Filtro, o jornalista e professor Bernardo Küster afirmou que, apesar de Francisco ter sido um peronista, sempre combateu a ideologia de gênero.

“Francisco era contraditório”

Küster afirmou que o sumo pontífice era “contraditório”. Contudo, segundo o professor, “tinha um discurso muito aberto e defendia a ‘democracia participativa’ dentro da Igreja Católica”. O papa nunca deixou, por exemplo, de abençoar os casais homossexuais.

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Quando precisava tomar alguma atitude que exigia responsabilidade, no entanto, Francisco o fazia “com uma mão de ferro”, afirma Küster.

A postura intolerante do papa

O papa tinha, por exemplo, uma postura intolerante em relação aos seus críticos. Um caso que chamou a atenção ocorreu em 2023. À época, o então líder máximo da Igreja Católica destituiu o bispo Joseph Strickland. O norte-americano pertencia a Diocese de Tyler, no Texas, nos Estados Unidos.

Papa Francisco e o bispo Joseph Strickland | Foto: Reprodução/XPapa Francisco e o bispo Joseph Strickland | Foto: Reprodução/X
Papa Francisco e o bispo Joseph Strickland | Foto: Reprodução/X

Strickland foi crítico à aproximação da Igreja com a comunidade LGBT e à entrega de responsabilidades a pessoas de fora da hierarquia na Igreja Católica. Francisco tomou a decisão por causa das críticas que recebeu do bispo norte-americano.

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Fonte: Revista Oeste

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