Em 2025, as recuperações extrajudiciais no Brasil atingiram um valor total de R$ 3,3 bilhões, conforme dados do Observatório Brasileiro de Recuperação Extrajudicial (Obre). Esse montante reflete o crescente número de empresas que optam por renegociar suas dívidas sem recorrer a processos judiciais.
Entre as empresas em recuperações judiciais do país neste ano, está o Grupo St Marche, proprietário dos supermercados St Marche e do Empório Santa Maria.
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A empresa entrou com um pedido de recuperação extrajudicial em 16 de abril, buscando reestruturar uma dívida de R$ 528 milhões. Comparado ao primeiro trimestre de 2024, o volume de dívidas renegociadas por meio de recuperações extrajudiciais aumentou mais de 800% neste ano.

Com uma dívida de R$ 528 milhões, o Grupo St Marche possui a segunda maior dívida de 2025, ficando atrás apenas da Araguaia Níquel Metais, que deve R$ 2,3 bilhões.
Em 2024, houve um recorde no número de pedidos de recuperação extrajudicial no Brasil, totalizando 59 solicitações e R$ 39 bilhões em dívidas renegociadas, o que representou um aumento anual de 387,5%.


O que são as recuperações judiciais
A recuperação extrajudicial é um procedimento legal que permite às empresas renegociar suas dívidas com credores sem a intervenção do Poder Judiciário, oferecendo uma solução para aquelas que enfrentam dificuldades financeiras, mas que ainda têm condições de reestruturar suas obrigações.
Por outro lado, a recuperação judicial envolve o Poder Judiciário e permite que as empresas evitem a falência. Neste processo, as empresas têm que apresentar um plano de pagamento para continuar operando, enquanto ficam temporariamente desobrigadas de quitar suas dívidas.
Esse mecanismo é crucial para manter as atividades das empresas, evitar demissões e garantir o pagamento aos funcionários. A escolha entre recuperação extrajudicial e judicial depende das especificidades financeiras de cada empresa.
Fonte: Revista oeste