O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), criticou o apoio de deputados de partidos da base ao requerimento de urgência que acelera a tramitação do Projeto de Lei da Anistia. Assinaram o documento parlamentares do MDB, PSD, União Brasil, Podemos e Republicanos, todos com ligação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Lindbergh se reuniu, nesta quinta-feira, 10, com o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL). Durante o encontro, eles analisaram a lista de assinaturas para identificar quais deputados emedebistas aderiram ao requerimento. Bulhões passou a tarde cobrando esclarecimentos dos colegas de partido.
O PL segue com sua estratégia de salvar Bolsonaro com anistia aqui na Câmara. Essa campanha de conquista de assinaturas de parlamentares, na realidade, é para iludir e manter a militância deles mobilizada em torno desse tema. Mas tem pouco efeito na Casa e eu vou explicar o…
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) April 10, 2025
O líder do PT afirmou que a quantidade de assinaturas, que já são mais de 260, não garante a votação em plenário. O número mínimo exigido era de 257.
“Conseguir as 257 assinaturas não significa que o requerimento vai à votação”, afirmou Lindhberg. “Temos mais de 2,2 mil projetos com urgência que não foram à pauta. Ainda que atinja as 257 assinaturas, ele não será pautado. Tenho certeza que o presidente da Câmara, Hugo Motta, não vai pautar.”
Anistia é incompatível com o governo Lula, diz Lindbergh
O deputado argumenta que, quem quer ficar “do lado” de Lula, não pode assinar o projeto da anistia.
“As pessoas têm que definir se são governo ou não”, afirmou Lindbergh. “Quem é governo não pode assinar um projeto como esse, um projeto que coloca o país em uma crise institucional. Não é razoável.”
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“Mas eu queria passar esse recado aqui, enquanto líder do PT, que a gente acha importante que cada partido assuma sua responsabilidade e defina o papel que quer ter”, continuou o parlamentar. “Se querem ajudar o governo, ou se querem jogar o país numa violenta crise institucional.”
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Fonte: Agência Brasil