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5 falas inéditas que mostram como Ozzy Osbourne sofreu em seus anos finais


Os anos finais de Ozzy Osbourne ficaram marcados por enorme sofrimento devido a problemas de saúde. Tais detalhes só estão chegando a público agora, meses após sua morte, ocorrida em 22 de julho.

Antes de partir, o artista deixou uma série de materiais biográficos recentes devidamente registrados. Um deles foi o documentário Ozzy: No Escape from Now, lançado no Paramount+ Brasil nesta terça-feira, 7.

Este filme, especificamente, registra os últimos 6 anos de vida do ícone do heavy metal. O corte temporal foi estratégico, pois:

  • em 2019 ele sofreu uma queda doméstica que agravou problemas em sua coluna;
  • no ano seguinte, foi revelado ao público um diagnóstico de Parkinson;
  • e em 2018 — ou seja, antes do início da produção —, ele sofreu uma grave infecção por estafilococos após um corte no polegar, agravado por fechar o dedo em uma porta e uma visita a uma manicure, bem como estendido ao pescoço.

Cinco declarações de Osbourne e seus familiares, registradas em Ozzy: No Escape from Now e compiladas pela Rolling Stone EUA, mostram como seus anos finais foram complicados. Veja a seguir:

1) Diagnóstico errado

Após a queda em 2019, Ozzy Osbourne foi levado ao hospital. Após muitas horas de espera para ver um médico, o artista foi informado de que estaria apenas com hematomas. Acabou até mesmo liberado para voltar para casa. Kelly Osbourne, filha de Ozzy, mostra o quanto esse suposto especialista estava errado:

“[Em outro hospital] Fizeram uma ressonância magnética completa e descobriram que ele quebrou o pescoço. É uma loucura para mim que o tenham liberado do primeiro hospital.”

2) Ozzy Osbourne — o novo Gollum

Outra declaração de Kelly Osbourne retrata, com a ajuda de um personagem famoso na cultura pop, a transformação de Ozzy após a primeira cirurgia nas costas — que, segundo ela, apenas piorou as coisas.

“Vi meu pai passar de ‘consegui sentar’ para… sinto muito dizer isso, mas não consigo pensar em mais nada: ‘ter uma postura como a do Gollum’ (personagem da franquia O Senhor dos Anéis).”

3) Afetando até cognição

Agora, com a palavra, o próprio Ozzy explicando que a dor sentida mesmo após a conclusão das cirurgias era tão forte a ponto de afetar suas capacidades cognitivas. O Madman sequer conseguia pensar direito.

“É uma dor que, não importa o que você faça, está sempre presente. Quando você sente uma certa quantidade de dor, ela afeta seu padrão de pensamento. Você não consegue curtir ou aproveitar nada.”

4) O show que Ozzy Osbourne não conseguiu fazer

Antes de realizar o show de despedida Back to the Beginning, em 5 de julho, Ozzy Osbourne fez uma aparição pública no fim de 2024, para ser homenageado pelo Rock and Roll Hall of Fame. A ideia era que o artista pudesse cantar, mas só foi possível ficar sentado no palco, sem performances. Ele ficou arrasado.

“Eu pensava: ‘que p#rra há de errado comigo?’. [Não poder saciar] Aquela vontade de subir lá e me apresentar partiu meu coração. Eu quase disse: ‘deixa eu tentar’. Mas eu sabia que estaria no chão em dois segundos. Uma voz interior dizia: ‘vá lá, p#rra, que p#rra há de errado com você?’. Tenho um pequeno demônio dentro de mim.”

5) Desejando a morte

A dor era tão forte em alguns momentos que Ozzy desejou o fim de sua vida. O Madman afirmou:

“Estou tomando antidepressivos agora, já que estava me preparando para me matar. Mas eu penso nisso e acabo refletindo: ‘do que você está falando?’. Me conhecendo, eu estaria quase morto depois de me incendiar, mas não morreria. Essa é a minha sorte.”

** No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), associação civil sem fins lucrativos, oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, gratuitamente, 24 horas por dia. Qualquer pessoa que queira e precise conversar, pode entrar em contato com o CVV, de forma sigilosa, pelo telefone 188, além de e-mail, chat e Skype, disponíveis no site www.cvv.org.br.

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Igor Miranda (@igormirandasite)
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Começou em 2007 a escrever sobre música, com foco em rock e heavy metal. É colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022 e mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, revista Roadie Crew, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram e outras redes: @igormirandasite.





Fonte: rollingstone.com.br

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