Em cada um dos cinco dias de The Town, o público tem acesso a mais de uma dezena de shows, espalhados por uma série de palcos no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Por isso, é comum que o público escolha assistir às atrações principais, mais consolidadas e normalmente ocupando as áreas principais do evento.
Todavia, sempre há surpresas interessantes nos espaços paralelos do evento, que acontece em 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro. O segundo dia, 7 de setembro, dedicado ao rock, conta com alguns “tesouros escondidos” fora dos palcos Skyline e The One, conforme observa Igor Miranda, jornalista e crítico da Rolling Stone Brasil.
Confira, a seguir, quatro shows interessantes que vão acontecer na data mencionada em outros locais além dos dois principais do The Town 2025.
4 shows de rock fora do óbvio para assistir no The Town
*Em ordem de horário.
The Mönic convida Raidol (13h, palco Factory)
Na ativa desde 2017, a banda paulistana The Mönic tem se apresentado em uma série de grandes palcos pelo Brasil. Tocou em tempos recentes nos festivais Knotfest Brasil, Porão do Rock, Se Rasgum, além do próprio Rock in Rio do ano passado. Também serviu como atração de abertura para a tour conjunta de Garbage e L7 pelo país. Dani Buarque (guitarra/voz), Ale Labelle (guitarra/voz), Joan Bedin (baixo/voz) e Daniely Simões (bateria) praticam um som que funde punk, grunge, outros subgêneros de rock alternativo e até um pouco de hard rock, no embalo de letras de caráter feminista. No palco Factory do The Town, elas se juntam a Raidol, artista não binária amazônida com pegada pop e influência da música paraense.
Ready to Be Hated (14h45, palco Factory)
Fãs do power metal de Angra e Shaman irão identificar os nomes do Ready to Be Hated, supergrupo com Thiago Bianchi (voz), Fernando Quesada (guitarra), Luís Mariutti (baixo) e Rodrigo Oliveira (bateria). Os três primeiros integraram diferentes encarnações do Shaman; o quarto citado, por sua vez, toca no Korzus, mas realizou um show com músicos do grupo mencionado em 2023. Com um álbum lançado — The Game of Us —, a banda passeia pelos sons que consagraram a carreira de seus integrantes anteriormente: “metal melódico” com pitadas progressivas e influências da chamada world music.
Punho de Mahin & MC Taya (18h15, palco Quebrada)
Em atividade desde 2018, o Punho de Mahin faz uso da fúria do hardcore/punk para transmitir mensagens contrárias ao racismo e genocídio indígena. Natália Matos (voz), Paulo Tertuliano (bateria), Camila Araújo (guitarra) e Dú Costa (baixo) têm na bagagem um álbum — Embate e Ancestralidade (2022) — e shows como o realizado na abertura para o Bikini Kill em São Paulo, em março do ano passado. Para a ocasião, o quarteto paulista conta com a participação de MC Taya, que, apesar da pretensão ao se autointitular “rainha do novo nu metal BR”, realiza um trabalho interessantemente caótico ao fundir nu metal, funk carioca, hip hop e eletrônico, entre outras referências. Curiosamente, a artista fluminense já dividiu palco com outra atração da data: The Mönic, no Knotfest Brasil 2024.
Black Pantera (20h35, palco Quebrada)
Provavelmente o nome dessa lista que menos precisaria de introdução. E chega a ser chato repetir o discurso, mas é preciso: assim como no Rock in Rio 2024, no Bangers Open Air 2025 e em outros festivais recentes, o Black Pantera deveria estar em algum dos dois palcos principais do The Town 2025. Cada vez mais maduro, o trio formado por Charles Gama (voz e guitarra), Chaene da Gama (voz e baixo) e Rodrigo Pancho (bateria) vem de participações recentes no prestigiado festival francês Hellfest e no paulistano Best of Blues and Rock, além de, como habitual, uma sequência de apresentações pelo Brasil. Estão em turnê o tempo todo, o que deixa seu show azeitado e ainda mais eficiente. Duvida? Deixe de lado o Bad Religion (que toca no Skyline no mesmo horário) desta vez e vá ao palco Quebrada tirar a prova.
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Fonte: rollingstone.com.br