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20 de maio: uma lembrança de Tarso de Castro e o espírito de O Pasquim


Nesta terça-feira, 20 de maio, relembramos a trajetória de Tarso de Castro, uma das figuras mais marcantes do jornalismo brasileiro. Nascido em 1941, no Rio Grande do Sul, Tarso foi um dos fundadores de O Pasquim, o jornal alternativo que desafiou a ditadura militar com irreverência, inteligência e coragem.

 

Tarso de Castro destacou-se por sua atuação combativa, aliando talento literário a uma postura crítica diante do autoritarismo. Sua carreira passou por diversos veículos importantes, como o Jornal do Brasil e a Folha de S.Paulo, mas foi em O Pasquim que seu nome ficou gravado na história do jornalismo nacional. Com um estilo provocador e senso de humor ácido, ele ajudou a dar voz a uma geração de jornalistas, escritores e artistas silenciados pelo regime militar.

 

Lançado em 1969, O Pasquim nasceu no auge da repressão, durante os anos mais duros da ditadura. Mesmo sob censura, o jornal tornou-se referência por seu conteúdo satírico e politizado, unindo nomes como Jaguar, Ziraldo, Millôr Fernandes, Paulo Francis e Henfil. A publicação marcou época, transformando-se em símbolo da resistência cultural e política.

 

Citações de colegas de profissão

 

Millôr Fernandes, em uma de suas muitas lembranças sobre o colega, dizia:

“O Tarso era um furacão. Onde ele passava, mudava o ambiente. Tinha faro jornalístico e uma coragem que poucos teriam naquela época.”

 

Jaguar, cartunista e também cofundador de O Pasquim, comentou certa vez:

“Tarso era uma usina de ideias. E um irresponsável genial. Foi ele quem inventou a bagunça organizada que fez o Pasquim ser o que foi.”


 

Ziraldo também resumiu bem o impacto do colega:

“Sem o Tarso, o Pasquim teria sido um outro jornal. Ele tinha sangue nos olhos e alegria nas palavras.”

 

Hoje, mais de 40 anos após o auge de O Pasquim, o legado de Tarso de Castro continua inspirando o jornalismo crítico e independente. Sua vida e obra nos lembram da importância da liberdade de expressão e do papel da imprensa em tempos difíceis.

 

Para quem deseja conhecer ou revisitar essa história, todas as edições de O Pasquim foram digitalizadas e estão disponíveis gratuitamente no acervo da Biblioteca Nacional.

 

O acesso pode ser feito pelo link: http://memoria.bn.br/DocReader/124745/22453





Fonte: BS9

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