Doze senadores do Centrão assinaram pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os outros 29, para totalizar os 41 nomes necessários, são da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O movimento de impeachment ganhou força após Moraes decretar a prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Decisão sobre impeachment de Alexandre de Moraes é de Davi Alcolumbre
Apesar da pressão, a decisão de pautar o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Entre os políticos do Centrão que assinaram o pedido, Efraim Filho (União Brasil-PB) criticou a atuação do STF, afirmando que há “dois pesos e duas medidas” no tratamento jurídico, com uso excessivo de abuso de autoridade sem condenações definitivas.
“Censura, tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar sem nenhuma condenação definitiva. Enquanto condenados na Lava Jato são colocados como inocentes. O excesso do STF e o abuso de autoridade não podem prevalecer”, citou.
Jayme Campos (União Brasil-MT) declarou que os “abusos cometidos (…) ultrapassaram os limites constitucionais e democráticos”, reforçando que sua posição está alinhada “com os princípios da justiça, da liberdade e do respeito à Constituição”.
O senador Zequinha Marinho (Podemos-PA) alertou para os impactos internacionais dessa situação, afirmando que o STF fragiliza a democracia e que o devido processo legal é “inegociável para a justiça e estabilidade do Brasil”. Carlos Viana (Podemos-MG) reforçou que “só (um) ministro (Alexandre de Moraes) decidindo por todo o país” ameaça o equilíbrio dos poderes e afirmou que “democracia exige limites”.
A senadora Ivete da Silveira (MDB-SC) destacou que a assinatura é um gesto de coerência parlamentar. “Ninguém está acima da lei”, afirmou. Laércio Oliveira (PP-SE) ressaltou que a iniciativa representa apoio “à paz, à democracia e ao resgate do equilíbrio entre os Poderes da República”.
Senadores do Centrão como Styvenson Valentim (Podemos-RN), Nelsinho Trad (PSD-MS), Pedro Chaves (MDB-GO), Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO) e Jorge Kajuru (PSB-GO) também aderiram ao pedido de impeachment de Alexandre de Moraes. Kajuru, apesar de ser vice-líder do governo Lula, em geral, alinha-se, nas votações, ao Centro.
Senadores do Centrão que assinaram o pedido
- Alessandro Vieira (MDB-SE)
- Carlos Viana (Podemos-MG)
- Efraim Filho (União Brasil-PB)
- Ivete Da Silveira (MDB-SC)
- Jayme Campos (União Brasil-MT)
- Jorge Kajuru (PSB-GO)
- Laércio Oliveira (PP-SE)
- Nelsinho Trad (PSD-MS)
- Pedro Chaves (MDB-GO)
- Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO)
- Styvenson Valentim (Podemos-RN)
- Zequinha Marinho (Podemos-PA)
Senadores da Oposição que assinaram o pedido
- Alan Rick (União Brasil-AC)
- Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
- Carlos Portinho (PL-RJ)
- Damares Alves (Republicanos-DF)
- Eduardo Girão (Partido Novo-CE)
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
- Jorge Seif (PL-SC)
- Plínio Valério (PSDB-AM)
- Esperidião Amin (PP-SC)
- Jaime Bagattoli (PL-RO)
- Marcos Rogério (PL-RO)
- Marcos Do Val (Podemos-ES)
- Wellington Fagundes (PL-MT)
- Wilder Morais (PL-GO)
- Cleitinho (Republicanos-MG)
- Izalci Lucas (PL-DF)
- Lucas Barreto (PSD-AP)
- Luis Carlos Heinze (PP-RS)
- Sergio Moro (União Brasil-PR)
- Dr. Hiran (PP-RR)
- Eduardo Gomes (PL-TO)
- Marcio Bittar (União Brasil-AC)
- Mecias De Jesus (Republicanos-RR)
- Tereza Cristina (Partido Progressista-MS)
- Magno Malta (PL-ES)
- Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
- Margareth Buzetti (PSD-MT)
- Rogerio Marinho (PL-RN)
Fonte: Revista Oeste